quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Entrevista com Susana Félix: Um novo passado

Não há que esconder, «Pulsação» chega num momento natalício em que as carteiras se abrem em busca de prendas, que muitas vezes passam pela música. Ao repescar canções conhecidas do seu passado, será este uma espécie de balanço?
«No fundo, é. É um pouco como olhar para estes oito anos da minha vida e escolher algumas canções do meu passado, que tento aproximar das novas e dos arranjos mais recentes. Cumpri os objectivos a que me propus neste tempo. A principal diferença em relação aos primeiros tempos é a experiência. Naquela altura, tudo era uma novidade e apesar de eu já ter um percurso para trás, era a primeira vez que assinava a solo. É um balanço muito positivo o que faço destes oito anos».

Ao olhar de novo para canções já com algum tempo de vida, é interessante perceber que tipo de sentimento assume Susana Félix quando confrontada com o passado. A resposta é própria de quem se sente confortável com o que faz.
«É como rever velhos amigos mas atenção que, para mim, foi como gravar um álbum novo. Mesmo a maneira como os músicos encararam a entrada em estúdio foi própria de quem parte do zero. O «Pulsação» é um disco criativo onde há novos caminhos, novas soluções e roupagens diferentes apesar de alguns temas já serem conhecidos. No fundo, reencontrei-me com parte do passado. É bom olhar para trás e sentir-me segura do meu trabalho. As canções dão-me prazer».

Entre algumas regravações, encontramos dois inéditos em «Pulsação». Um deles, o belíssimo «Bem Na Mão», o primeiro single segue a linha sensual e tranquila do último disco «Índigo».
«Não sei se poderá ser um indicador daquilo que farei no futuro. O «Pulsação» é como um novo disco para mim. Tinha material para gravar apenas novas canções mas preferi mergulhar um pouco no passado. Também gosto de deixar viver as novas canções antes de as gravar.»

Para já, «Pulsação» não chegou ainda aos palcos mas os concertos estão prometidos. Não há ainda datas especiais mas é certo que Susana Félix vai andar pelos palcos.
«Para mim, os concertos são o grande objectivo. É a maneira que eu tenho de contactar com as pessoas. Para já, não há datas especiais preparadas até porque estamos a preparar o espectáculo. Prefiro ir rodando as canções noite após noite, em vez de começar logo com algo mais especial. É preciso ter noção do resultado das canções, ao vivo. Quanto à minha actividade no teatro, é complementar. Interesso-me pela arte em geral, especialmente com o que tem a ver com a imagem. No fundo, tudo isso me enriquece».

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