quarta-feira, 25 de junho de 2008

Craig David de graça em Lisboa

Craig David actua em Lisboa, no dia 09 de Agosto. O concerto tem lugar na Praça do Comércio, pelas 21h30, e integra-se no programa do Festival dos Oceanos.

Na bagagem o músico traz o seu mais recente álbum "Trust Me", onde se incluem, entre outros, o tema 'Hot Stuff', que contém um sample de 'Let's Dance' de David Bowie. Depois de Craig David sobe ao palco, no mesmo dia, o cantor brasileiro Zeca Baleiro, que vem apresentar a colectânea, "Lado Z". O trabalho conta com várias participações especiais, entre as quais a de Sérgio Godinho.

O cartaz do Festival dos Oceanos contempla, ainda, as actuações do grupo Ethnos-Raízes do Atlântico, a 08 de Agosto, no Miradouro do Adamastor (22h00), e de Yolanda Soares, no dia 14 (21h45), na Praça de Santos.

Todos os concertos são de entrada livre.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Ana Moura anuncia convidados

Beatriz da Conceição, Maria da Fé e Jorge Fernando vão participar nos concertos de Ana Moura nos Coliseus do Porto e Lisboa, a 24 e 26 deste mês, respectivamente, com os quais a cantora pretende recordar o seu percurso musical.

De acordo com a a promotora dos espectáculos, a Vachier e Associados, Beatriz da Conceição é para a fadista «uma das vozes femininas que mais a inspira e respeita», enquanto Maria da Fé foi a principal impulsionadora da sua entrada no mundo do fado, quando estava em vésperas de gravar um disco com uma banda de pop/rock. Quanto a Jorge Fernando, é o autor de diversos temas por interpretados pela artista, como 'Sou do Fado', 'Sou Fadista' e 'Os Búzios', entre outros.

«A ideia é que ao longo do espectáculo, pelo desenho de luz, pela cenografia escolhida, ir contando ao público a minha história e o público ir percebendo meu desenvolvimento como fadista. (...) Parti da ideia de fazer um caminho pela noite, que é o meu ambiente de trabalho e levar o público até ao clarear», afirmou a fadista, em declarações à agência Lusa. «[Beatriz da Conceição e Maria da Fé] são duas senhoras que me inspiram, que são uma referência para mim e com quem me encontro depois de uma noite de fados. (...) O Jorge é a pessoa em quem me apoio, que me estimula e que sempre acreditou em mim, há entre nós uma grande cumplicidade. (...) Ele é o arranjador para os meus concertos, é quem marca os ensaios com os músicos, há uma grande parte criativa que vem dele», completou.

A acompanhar a cantora em palco estarão, ainda, José Manuel Neto (guitarra portuguesa), José Elmiro (viola) e Filipe Larsen (viola-baixo). De referir que nestes dois concertos, a fadista irá já interpretar um novo fado que incluirá no seu próximo álbum cuja data de saída «é ainda segredo».

Recorde-se que o álbum "Para Além da Saudade" rendeu a Ana Moura mais de 50 semanas de permanência na tabela nacional de vendas, bem como um Disco de Platina, o Prémio Amália na categoria de Melhor Intéprete e a nomeação para um Globo de Ouro na mesma categoria. Aquele que é o trabalho mais recente da artista contou com a participação Tim Ries, o saxofonista que acompanha os Rolling Stones nos espectáculos ao vivo, bem como de Fausto, Amélia Muge e do músico espanhol Patxi Andión.

«O meu disco ["Para além da saudade"] continua no top nacional e é Disco de Platina, tenho feito várias digressões - México, Holanda, EUA - e agora os Coliseus, depois de ter esgotado o Grande Auditório do Centro Cultural de Belém, no final do ano passado. De certa maneira é um ano de consagração de um trabalho e o reconhecimento do público a quem estou grata», afirmou a fadista, igualmente em declarações à Lusa.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Super Bock Super Fest já tem o cartaz completo

O festival Super Bock Surf Fest já tem o cartaz musical completamente preenchido, informou a promotora Música no Coração.

Os Massive Attack são os cabeças-de-cartaz a 14 de Agosto, no primeiro dia do festival. Morgan Heritage, Asa, Dub Pistols e Manif3stos são os outros nomes do dia.

No segundo e último dia do evento, a atracção centra-se em Emir Kusturica & The No Smoking Band. Pelo palco vão ainda passar os Groundation, Jahcoutix & Dubios Neighbourhood, José Gonzalez, Triplet e Doces Cariocas.

O festival acontece na praia do tonel, ao lado da fortaleza de Sagres. Os bilhetes já estão à venda e custam 25 euros só para um dia e 40 euros os dois dias.

Amy Winehouse sofre de doença pulmonar crónica

A cantora britânica Amy Winehouse sofre de um enfisema, uma doença pulmonar crónica que contraiu por fumar tabaco e crack, um derivado de cocaína, afirmou este domingo o seu pai, Mitch Winehouse, noticia a Lusa.

Numa entrevista ao diário Sunday Mirror, o pai explicou que a doença da cantora, internada desde segunda-feira num hospital da capital inglesa depois de ter sofrido um desmaio, se encontra ainda numa «primeira fase». «Os médicos disseram que se ela voltar a fumar drogas, não só vai arruinar a sua voz, como se vai matar», afirmou Mitch Winehouse.

A cantora, de 24 anos, prometeu deixar as drogas e submeter-se a um programa de desintoxicação, mas o pai teme que Amy quebre a palavra por causa do seu círculo de amizades, pelo que não quer que a filha se dê com amigos como Pete Doherty, vocalista da banda britânica «Babyshambles» e toxicodependente assumido.

A convalescença de Amy Winehouse põe em dúvida a sua participação no concerto agendado para a próxima sexta-feira no londrino Hyde Park para comemorar o nonagésimo aniversário do ex-presidente sul-africano, Nelson Mandela.

Não se pronunciando sobre esse concerto, o pai da cantora manifestou-se esperançado de que Amy possa actuar no dia seguinte no Festival de Glastonbury, um dos eventos musicais mais importantes da Europa.

domingo, 22 de junho de 2008

Leona Lewis com novo vídeo

Leona Lewis acaba de lançar um novo vídeo para o single 'Better in Time'.
Este é o terceiro single para o disco de estreia da britânica "Spirit".
O vídeo foi realizado pela conceituada realizadora inglesa Sophie Muller.

Paralelamente, Alex Turner e Miles Kane, os Last Shadow Puppets, ironizaram uma eventual participação de Leona Lewis na banda sonora do próximo James Bond, "Quantun of Solace".

«Devíamos fazê-lo nós, somos os Bond reais. Se não nós, Richard Hawley, mas não a Leona Lewis, pelo amor de Deus», disse Kane, citado pelo site ananova.com.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Juanes merecia Pav. Atlântico mais composto

Naquela que foi a sua estreia no Pavilhão Atlântico, Juanes certamente estaria à espera de outra recepção. O cantor colombiano faz um enorme sucesso entre o público português, mas a verdade é que esta noite o Pavilhão Atlântico não rebentou pelas costuras, nem sequer esteve muito bem composto. Presente esteve um número de fãs aquém do esperado, mas de inegável qualidade. Aplica-se perfeitamente neste caso a máxima popular «poucos mas bons».

Já passava da hora prevista quando o mais popular dos cantores colombianos subiu ao palco do Pav. Atlântico. Acarinhado desde o primeiro instante, recebeu imensos «mimos» do público que se deslocou ao recinto, na sua maioria do sexo feminino. Imensas bandeiras da Colômbia, a terra natal de Juanes, ajudaram à calorosa recepção.

O cantor retribuiu com «A Dios le Pido». Um arranque fulgurante com um dos temas do seu segundo álbum, «Un Día Normal», que mais sucesso fez. Foi desta maneira que Juanes se apresentou em Portugal. Vestindo todo de preto, procurou sempre ter um contacto bem próximo dos fãs.

A própria disposição do palco assim o permitia. Com uma passadeira extensível que penetrava por entre o público, o cantor aproveitava para contactar de perto com todos aqueles que o idolatram.

Lisboa: paragem obrigatória

Em Portugal para apresentar o seu mais recente trabalho, intitulado «La Vida...Es un Ratico» o cantor aproveitou para dar a conhecer ao vivo vários dos novos temas. Com o novo single à cabeça, «Me Enamora», Juanes conseguiu conquistar o público lisboeta. «Hoy Me Voy», «Báilala» e «Bandera de Manos» foram outras das novas canções que o cantor latino trouxe a Portugal, naquele que foi um dos últimos concertos da sua tournée.

Activista empenhado

Mais do que um concerto, os espectáculos de Juanes carregam também uma vertente humanitária. Assumindo o seu papel de activista convicto e dedicado, Juanes aproveitou o concerto em Lisboa para apelar à paz entre povos, recordando o concerto que deu na fronteira entre a Colômbia e a Venezuela.

Pouco tempo após o início do concerto assistiu-se ao primeiro grande momento da noite. «Fotografía» foi o impulso para se soltarem milhares de vozes em coro no Atlântico. O tema que é um original de Juanes e Nelly Furtado em dueto, aqui cantado apenas pelo cantor colombiano, mostrou ter ficado nos ouvidos do público português que se envolveu ainda mais no espectáculo.

Aproveitando as pausas entre canções para dialogar com os fãs, Juanes espalhou romantismo, naquela que é uma característica comum aos cantores latinos. «Para tu amor» foi o expoente máximo da paixão em palavras que se fez sentir por entre os recantos do recinto. O tema de «Mi Sangre» fez levantar, ao mesmo tempo, isqueiros e telemóveis, um sinal inequívoco da mistura dos tempos.

O compositor colombiano fez uma viagem pelos seus dois álbuns de maior sucesso, «Un Día Normal» e «Mi Sangre», que ajudaram na apresentação dos seus novos temas. «La Paga», «Volverte a Ver», «Es por Ti» ou «La Noche» foram outros hinos que Juanes retirou do baú e ofereceu ao público português.

Uma actuação quente e em bom ritmo que teve em «La Camisa Negra» o grande momento da noite. Dançou-se no Pavilhão Atlântico, enquanto os três ecrãs montados no palco mostravam uns efeitos que dinamizavam o espectáculo. O cantor despediu-se de Lisboa e ao som das palmas surgiram vários símbolos da paz nos ecrãs que tinham aproximado Juanes do recinto.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Colbie Caillat em Lisboa

Colbie Caillat vem a Lisboa em Setembro.

A informação é avançada pela página MySpace da cantora californiana, indicando o Coliseu dos Recreios como a sala e o dia 21 de Setembro como o dia do concerto.

Na bagagem, Colbie Caillat traz o disco de estreia, "Coco".

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Zucchero actua em Lisboa a 3 Julho

O Coliseu de Lisboa recebe no próximo dia 3 de Julho o italiano Zucchero, num espectáculo que se insere na digressão promocional do disco «All The Best».

O concerto celebra os 38 anos de carreira de Zucchero e passará em revista sucessos como «Diavolo in Me», «Baila» ou «Senza Una Donna».


Os bilhetes já estão à venda nos locais habituais.

George Michael retira-se dos palcos

O britânico George Michael anunciou que vai retirar-se dos palcos após os dois concertos em Londres, marcados para 24 e 25 de Agosto.

Em entrevista à BBC News, o cantor de «Faith» indicou que tomou a decisão devido à sua idade, e à necessidade de ter uma «vida mais descansada», fora do olho público.

«Tenho 45 anos e acho que a música pop está relacionada com a cultura jovem. Não se trata de um teste de resistência», explicou.

Os dois concertos na sala londrina de Earls Court intitulam-se «The Final Two» («os últimos dois») e vão marcar o final da digressão «25 Live», que celebra os 25 anos de carreira de George Michael.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Doherty recomeça em Portugal

Pete Doherty revelou que vai recomeçar do início as gravações do seu álbum a solo e que tenciona fazê-lo em Portugal.

Em entrevista ao NME.com, o mentor dos Babyshambles explicou que o tempo em que esteve detido na prisão de Wormwood Scrubs, levou-o a repensar os seus planos.

«Pensei duas vezes sobre o que vou fazer com o disco a solo. Não posso sair do país até a minha licença condicional acabar e ainda falta algum tempo, mas quero ir a Portugal e Paris para gravar o disco outra vez do início com o Jake [Fior, produtor e ex-manager dos Libertines]», afirmou Doherty.

O músico tem estado a trabalhar no projecto a solo desde o ano passado, tendo já gravado alguns temas, tais como 'Darksome Sea', com a colaboração de Wolfman, além de 'Withdrawn and Shaken' e 'Salome'.

Recentemente, foram disponibilizados alguns vídeos no YouTube onde se pode ver Doherty e Fior a gravar o novo tema 'Broken Love Song'.
Segundo Jake Fior, também em declarações ao NME.com, a editora de Doherty, a EMI, pediu que o álbum fosse entregue em Setembro.

Recorde-se que Pete Doherty cumpriu apenas 29 dias das 14 semanas de prisão a que foi condenado por quebrar a liberdade condicional.

terça-feira, 10 de junho de 2008

CONCERTO AVRIL LAVIGNE EM LONDRES





Madonna com novo vídeo

O tema escolhido é a terceira faixa 'Give it 2 Me'.
O vídeo para o single também já está disponível. Nele pode ver-se Madonna a dançar em frente a vários cenários e vestindo alguns dos fatos com que tem feito a promoção de "Hard Candy", nomeadamente a entrevista com a revista Elle. Pharrell Williams, que produziu o tema, faz várias aparições ao longo do vídeo. A realização esteve a cargo do fotógrafo Tom Munro.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Alanis Morissette: Flavors Of Entanglement

Quatro anos após "So Called-Chaos", Alanis Morissette está de regresso aos originais com "Flavors Of Entanglement" (capa na imagem), o seu quinto disco de originais.

A canadiana que se deu a conhecer ao mundo enquanto uma maria-rapaz perdeu, de vez, o receio de mostrar o seu lado mais feminino e emocional. Assim, se no disco anterior tudo eram rosas e Alanis partilhava com o universo o facto de ter encontrado alguém com quem pretendia construir uma relação sólida e duradoura, o novo longa-duração é, pelo contrário, o álbum que conta a história da (dolorosa) separação. Nesse sentido, "Flavors Of Entanglement" marca o regresso à agressividade de "Jagged Little Pill", até à data o seu trabalho de maior êxito, com mais de 35 mil cópias vendidas em todo o mundo. Essa fúria manifesta-se, aqui, sobretudo através da temática das letras e está, assumidamente, relacionada com o final da relação da artista com o actor Ryan Reynolds. O resultado são canções viscerais, algumas delas a fazer lembrar o clássico 'You Oughta Know'. 'Underneath' e 'Straitjacket' são duas das músicas em que Morissette pratica esse dissecar de sentimentos espinhosos de "final de conto de fadas".

O novo disco apresenta uma acentuada vertente tecnológica, que mais não é do que o reflexo dos gostos adolescentes da cantora pela electrónica e o hip hop. Essa mudança de estética já havia, de resto, sido anunciada ao mundo no ano passado, com uma versão humorística de 'My Humps', dos Black-Eyed Peas', que se tornou num êxito, através do site Youtube. A colaboração com Guy Sigsworth (Björk, Madonna) é audível neste capítulo, com novas texturas electrónicas, aqui e além algo dançáveis, loops de bateria e vozes alteradas. Por outro lado há, também, faixas mais orgânicas, cuja sonoridade assenta no piano, tais como 'Not As We', uma forte candidata a single.

"Flavors Of Entanglement" é, em muitos momentos, um disco complexo e até indecifrável. Essa sempre foi, de resto, uma das marcas de água de Alanis Morissette: mais nenhum outro artista ia lembrar-se dos títulos que a canadiana tem atribuído aos seus trabalhos, de "Jagged Little Pill" a "Under Rug Swept", passando por "Supposed Former Infatuation Junkie". 'Citizen Of The Planet', o tema de abertura, será, porventura, uma das músicas mais inspiradas de todo o álbum, a par do single 'Underneath', da agressiva 'Versions Of Violence' e das introspectivas 'Tapes' e 'Not As We'. Scarlett Johansson pode ter ficado com Ryan Reynolds mas Alanis Morissette tem algo que a actriz dificilmente alcançará: um disco profundo e pleno de emoção. Treze anos após "Jagged Little Pill", Alanis pode não ter composto outra obra prima, no entanto continua a ser uma das maiores representantes do rock no feminino.

domingo, 8 de junho de 2008

NOVA CAPA DO CD DE MILEY


Genial! Acaba de chegar aqui para nós a nova capa do último álbum de Miley.

"Breakout", o novo CD, estará disponível para venda a partir do dia 22 de julho e é o primeiro que ela assina com seu nome verdadeiro (os anteriores saíram com o nome de Hannah Montana).

Madonna esgota

O concerto de Madonna em Lisboa está esgotado.

Em apenas uma semana foram vendidos os 75 mil bilhetes disponíveis para o espectáculo da rainha da pop, no Parque da Bela Vista, a 14 de Setembro.A corrida aos ingressos bateu o recorde de vendas de bilhetes em Portugal.

sábado, 7 de junho de 2008

354 mil pessoas no Rock in Rio

Cerca de 354 mil pessoas passaram pelo Parque da Bela Vista para assistir ao longo de cinco dias ao festival Rock in Rio Lisboa, que terminou esta sexta-feira na capital, com os Linkin Park como cabeças-de-cartaz.

Com o quinto e último dia do evento esgotado, à semelhança do que aconteceu na abertura, a 30 de Maio, a organização contabilizou 354 mil espectadores no total desta terceira edição do festival.

Com as receitas de bilheteira e os patrocínios conseguidos, a organização vai doar 562.500 euros para o projecto social, de instalação de painéis solares em várias escolas de todo o país, uma vez que a causa social desta edição foi a protecção do ambiente e a redução das emissões de dióxido de carbono.

Portugal igualou o Brasil com o mesmo número de edições do festival Rock in Rio.

O festival estará de regresso ao Parque da Bela Vista no último fim-de-semana de Maio de 2010. Em 2014, realizar-se- à em simultâneo em Portugal, no Brasil e em Espanha.

Este ano, pelo Rock in Rio Lisboa passaram artistas como Amy Winehouse, responsável pela enchente do primeiro da, Lenny Kravitz, Rod Stewart, Xutos & Pontapés, Tokio Hotel, Metallica e, esta sexta-feira, Offspring, Muse e Linkin Park.

Rock in Rio Lisboa 2010 confirmado

Os números não enganam perante o sucesso que o festival voltou a fazer. Só no último dia estiveram presentes 90 mil pessoas, o que perfaz o número redondo de 354 mil durante os cinco dias em que o festival decorreu. De ressalvar ainda que foram angariados 562 mil euros para o projecto social.
O Rock in Rio está de volta a Lisboa em 2010, numa altura em que se pondera alargar o festival outros países da Europa, à semelhança de Espanha, com o Rock in Rio Madrid, que tem início já no final de Junho.

Linkin Park e Offspring em alta rotação

Cerca de 90 mil pessoas lotaram por completo o recinto do Parque da Bela Vista, naquele que foi o último dia da terceira edição do Rock in Rio Lisboa. O maior momento do quinto dia do festival teve como protagonistas os cabeças-de-cartaz Linkin Park.

A banda norte-americana tinha à sua espera uma legião de fãs e fez de tudo para ninguém sair insatisfeito do recinto. Mike Shinoda e o seu piano introduziram «What I've Done», naquele que foi um arranque a todo o gás. Através de dois comunicadores natos como Mike Shinoda e Chester, os Linkin Park elogiaram o comportamento do público português classificando-o de «fantástico». Este foi, de resto, um espectáculo dentro de outro espectáculo. A multidão saltou e cantou em coro cada letra da banda da Califórnia numa demonstração de lealdade tremenda.

A banda regressou a Portugal um ano depois de ter actuado no Festival Optimus Alive e trouxe consigo quase todos os seus clássicos que foi soltando aos poucos, com maior ênfase perante aproximar do final do concerto. «Somewhere I Belong» foi um dos grandes momentos do espectáculo, ouvindo-se o refrão em uníssono desde a frente do palco até à tenda vip.

Com uma bandeira de Portugal ao piano, Mike Shinoda assumiu em diversas ocasiões o papel principal no palco. Sempre com uma disposição fantástica subiu por duas vezes o gradeamento para cantar junto aos fãs, o que provocou a êxtase e a confusão nas primeiras filas do público.

Depois veio o hit «Numb» colocando definitivamente o recinto em apoteose. Braços no ar, gargantas em esforço, tudo parecia valer para demonstrar o contentamento por aquele momento tão especial.

Seguiram-se «Crawling», com a introdução do álbum Reanimation, e «In the End», duas das principais imagens de marca de Hybrid Theory, o álbum de maior sucesso dos Linkin Park.

Antes de terminar a actuação, a banda passou ainda em revista os temas «Pushing Me Away», «Breaking the Habit», «A Place for My Head» e «One Step Closer».

Não parecia haver melhor final do que este para um festival que levou milhares de pessoas à Bela Vista. Rostos cansados, mas felizes pelo espectáculo que lhes foi proporcionado.

Offspring fizeram suar os fãs
A actuação dos The Offspring no Palco Mundo foi como que uma visita histórica a todos os clássicos eternos que a banda de punk rock já ofereceu ao mundo. Ixnay on The Hombre, Smash e Americana foram os álbuns revisitados pela banda durante o concerto no Rock in Rio.

Sempre a abrir, com o ritmo elevado que lhes é característico, Dexter, Noodles e companhia colocaram em movimento a multidão que tinham à sua frente.

Temas com «All I Want», «Bad Habit», «Come Out and Play» e «Have you Ever» fizeram a delícia dos fãs dos Offspring, que se estendem por diferentes gerações.

A banda teve tempo ainda para apresentar alguns temas do novo álbum «Rise and Fall, Rage and Grace», que vai ser editado a 16 de Junho. «Hammerhead» e «You're Gonna Go Far, Kid» foram dois dois novos temas que foram experimentados ao vivo.

Tempo ainda para um momento único. «Self Esteem» uniu vozes, ritmo e a mistura foi explosiva. O principal hit do álbum Smash foi um momento arrepiante para todas as pessoas no recinto. «Fantástico», soltava um fã na casa dos trinta anos. «Deviam voltar em 2010», perspectivava outro mais novo.

Muse e Kaiser Chiefs marcam pontos no Rock in Rio

O quinto e derradeiro dia de Rock in Rio Lisboa 2008 está a ser colorido com várias tonalidades de rock. Depois dos "deslocados" Orishas tentarem animar um público mais interessado em riffs de guitarras, coube aos britânicos Kaiser Chiefs tomar as rédeas de uma Cidade do Rock completamente lotada com 90 mil pessoas.

A banda de Leeds não acusou o facto de ser a segunda a subir ao Palco Mundo e mostrou estar mais do que apta para pôr toda a gente a cantar a saltar ao som êxitos como "Born To Be A Dancer" ou "Ruby".

Logo à entrada, com "Everything Is Average Nowadays", o vocalista Ricky Wilson avançou destemido ao encontro do público e por pouco não mergulhou no mar de gente à frente do palco. Mais tarde, numa de explorador nato, foi até ninguém tinha ido até agora: passou o corredor que liga o palco à régie e escalou uma das torres das câmaras que filmam os espectáculos.

A primeira apresentação em Portugal do novo álbum "Yours Truly, Angry Mob" fica na memória pela energia do rock bem-disposto e de ritmos dançáveis dos Kaiser Chiefs. Os temas mais 'antigos' também foram celebrados pela plateia, exemplo de "Na Na Na Na Naa", que serviu para testar o grau de (des)afino dos fãs portugueses.

Com direito a uma hora de actuação, "Thank You Very Much", "I Predict a Riot" e "Oh My God" foram remates certeiros da banda que partilha o nome com uma equipa de futebol sul-africana. Ficou a certeza de que esta é uma banda a rever num concerto em nome próprio.

Muse souberam a pouco

Num dia em que três bandas "disputam" o título de cabeça-de-cartaz, os Muse foram os que sairam mais prejudicados com o terceiro lugar que deu direito a apenas 60 minutos de espectáculo.

O trio Matthew Bellamy (voz/guitarra), Christopher Wolstenholme (baixo) e Dominic Howard (bateria) - ao qual se junta Morgan Nicholls nas teclas e efeitos - não pôde contar com o habitual aparato cénico que caracteriza as suas actuações (como em Wembley, num concerto editado agora em DVD e que dá pelo nome de "H.A.A.R.P."). No entanto, os Muse conseguiram provar que são mais do que fogo de vista e que, aspectos estéticos à parte, o poder da sua música consegue preencher um palco com as dimensões deste enorme Palco Mundo.

"Knights of Cydonia", tema que em Outubro de 2006 encerrou o concerto da banda inglesa no Campo Pequeno, foi, curiosamente, o escolhido para abrir o espectáculo do Rock in Rio. O gemer da guitarra de Matt Bellamy conduziu o público na primeira escalada de emoções.

Dos dedos de Chris Wolstenholme sairam as primeiras notas de "Hysteria", uma das preferidas do público, juntamente com "Supermassive Black Hole", "Starlight" e "Time Is Running Out". A banda equilibrou o alinhamento do espectáculo entre explosões sonoras e momentos de acalmia. O rock com contornos electrónicos conquistou a Cidade do Rock, deixando no ar a dúvida quanto às posições atribuídas no cartaz do festival.

Conscientes das limitações de tempo, os Muse não quiseram porém deixar de fora dois hits obrigatórios: "Plug In Baby" e "Stockholm Syndrome". Faltou, por exemplo, "Butterflies & Hurricanes", uma das faixas que exemplifica melhor a sonoridade de marca do trio inglês.

Ao fim de uma hora de espectáculo, ficou-se com a sensação de que este foi um concerto que soube a pouco, deixando, de certo, os fãs com fome por mais.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Metallica em passeio triunfante pelo Rock in Rio

Chegada a meia-noite apagam-se as luzes sobre o Palco Mundo e ouve-se o hino de introdução dos Metallica, «The Ecstasy of Gold» de Ennio Morricone, para a entrada triunfal de James Hetfield (voz/guitarra), Lars Ulrich (bateria), Kirk Hammett (guitarra) e Rob Trujillo (baixo).
Aos aplausos, os «Four Horsemen», como são conhecidos, responderam com «Creeping Death» e «Fuel», num início poderoso e a alta velocidade, com direito aos primeiros efeitos pirotécnicos com duas enormes chamas nas laterais do enorme palco.
James Hetfield manteve sempre o contacto oral com o público, como já é habitual, dizendo sentir-se sempre melhor quando vê os fãs portugueses. A estrada e os concertos ao vivo são a essência de uma banda que ultrapassou quase todos os limites possíveis ao longo de uma carreira de 27 anos e é em palco que os Metallica se revelam como uma das maiores bandas de sempre dentro do metal e hard-rock.

Cantaram-se refrões e até solos de guitarra
Foram poucos os temas que não foram cantados pelo público do princípio ao fim. As letras saíam da boca de milhares de fãs, muitos erguendo os copos de cerveja bem alto, à medida que se recordavam os «bons velhos tempos» com «Wherever I May Roam», «Harvester of Sorrow» ou «Welcome Home (Sanitarium)». Mas a loucura veio mesmo com «Master of Puppets», um verdadeiro clássico de 1986, e durante o qual o público acompanhou com a voz o gemido delicioso das guitarras de Hetfield e Hammett no interlúdio da canção.
As mudanças de velocidades sucederam-se, do mais rápido («Damage Inc.») ao mais lento («Nothing Else Matters»). O vocalista dos Metallica elogiou os dotes vocais dos fãs portugueses e desafiou-os num reprise de «Sad But True», uma das músicas preferidas dos headbangers inveterados.
Depois, os ecos da guerra cairam sobre a Cidade do Rock, e à banda-sonora de metralhadoras e helicópteros, juntaram-se explosões em palco, o reacender das chamas laterais e fogo-de-artifício para «One», outro dos clássicos do quarteto norte-americano.

Música que atravessa gerações
«Enter Sandman» foi provavelmente o momento mais alto da noite, ou não fosse este o tema que faz a ligação entre as várias gerações de seguidores dos Metallica, desde os adeptos das raízes thrash-metal até aos mais novos, alguns deles na companhia dos pais, que vieram a conhecer a banda já depois da transformação pós-«Load».
As duas horas de concerto aproximavam-se do fim, e foi já no encore que os Metallica celebraram algumas das suas influências. Aos riffs de «Hallowed Be Thy Name», no segundo tributo da noite aos Iron Maiden, seguiram-se as versões de «Last Caress» (Misfits) e «So What?» (Anti-Nowhere League), esta última contando com a ajuda dos Machine Head nas vozes.
A festa terminou com «Seek & Destroy», para alegria dos vários praticantes de «guitarra invisível», fechando com chave-de-ouro uma das melhores actuações deste festival. À saída, Lars Ulrich lembrou que o novo álbum dos Metallica chega em Setembro e que a banda regressará a Portugal em 2009. Se for para mais concertos como este, então que passem a vir cá todos os anos.

Rock in Rio: Machine Head electrizantes

O cair da noite trouxe os californianos Machine Head, liderados pelo sempre bem-disposto Robb Flynn. A banda de Oakland voltou para mais uma apresentação do seu mais recente disco, «The Blackening», num alinhamento bem «regado» com um punhado de canções dos dois primeiros álbuns, como «Ten Ton Hammer», «Old» ou «Davidian».

Os fãs da veia mais pesada e directa dos Machine Head ficaram certamente satisfeitos com uma actuação que «esqueceu» por completo os «negros» anos da carreira mais nu-metal entre 1999 e 2003, ano em que voltaram a ser aclamados pela crítica ao renascerem com «Through The Ashes Of Empires».

O Rock in Rio assistiu também a um inédito; convidados pela revista britânica Kerrang! a integrarem uma compilação em tributo aos Iron Maiden, os Machine Head decidiram mostrar ao público português a sua versão do clássico «Hallowed Be Thy Name». Outro dos pontos altos de um concerto que ficou bastante prejudicado pelas deficiências técnicas que impediram que o som saisse do palco nas melhores condições.

Ainda assim, nota mais que positiva, principalmente pela energia da actuação e pela comunhão entre banda e plateia. O vocalista dos Machine Head não se cansou de elogiar a dedicação dos fãs lusos e no final parecia não querer sair de palco, desdobrando-se em agradecimentos e partilhando com o público alguns dos muitos copos de vodka cola(?) que bebeu ao longo do espectáculo.

Moonspell uivaram à lua antes do pôr-do-sol

Os Moonspell tiveram honras de (re)abertura do Palco Mundo do Rock in Rio Lisboa, no dia em que a Cidade do Rock veste de negro para a etapa mais «pesada» do festival.

A banda portuguesa não beneficiou das melhores condições de som e voltou a ser «obrigada» a actuar antes do pôr-do-sol, o que certamente quebrou alguma da atmosfera em volta do quinteto tematicamente e liricamente ligado à noite e à lua-cheia.

No primeiro grande concerto de apresentação do mais recente álbum em Portugal, os Moonspell arrancaram com os poderosos «Tragic Heights» e «Night Eternal», e logo se notou que estes dois novos temas foram feitos a pensar nos espectáculos ao vivo. O público esteve sempre com a banda de Fernando Ribeiro e o mosh veio para ficar.

«Assim é fácil», exclamou o vocalista dos Moonspell, agradecendo o apoio do público. «Finisterra» e «Opium» não deram um segundo de descanso à plateia, claramente pronta para uma noite de alta-tensão.

Para o novo single «Scorpion Flower», a banda não pôde contar com a colaboração de Anneke Van Giesbergen, mas Fernando cantou o refrão acompanhado pelo coro de quatro cantoras que embelezaram o palco.

Na recta final de um concerto de cerca de uma hora e dividido em 11 temas, milhares de vozes chamaram pelo diabo em «Mefisto», bem antes do grande momento do espectáculo. Sem grandes surpresas, «Alma Mater» juntou as vozes de todos os que acompanham os Moonspell desde a estreia com «Wolfheart», em 1995. Em uníssono, o público cantou o refrão em português como se de um hino nacional se tratasse.

Os uivos à lua-cheia antes do pôr-do-sol vieram com «Full Moon Madness», numa altura em que a Cidade do Rock começava a receber cada vez mais visitantes. A organização do festival espera uma afluência de 50 mil pessoas neste quarto dia de Rock in Rio.

Fernando Ribeiro deixou o aviso: «As bandas de metal não vêm para aqui fazer figuras. Nós damos o máximo», numa clara referência ao «concerto desastre» de Amy Winehouse na abertura do festival.

Bob Sinclair em Carcavelos

Bob Sinclair vai estar em Portugal na próxima segunda-feira, 9 de Junho para uma actuação na praia de Carcavelos. O espectáculo enquadra-se no âmbito do «Ano Europeu do Diálogo Intercultural: Juntos na Diversidade». O dj vai actuar com Big Ali e Steve Edwards.

Na bagagem, Bob Sinclair traz um novo trabalho discográfico, «Dancefloor By Bob Sinclar», que traz uma selecção de rádio FG DJ, considerada uma das melhores estações de dança electrónica em França, misturada por Bob Sinclar.

O espectáculo tem início às 22 horas e, para facilitar as deslocações do público, já que a marginal vai estar encerrada nesse troço, há comboios extra na ligação a Cascais e ao Cais do Sodré.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Madonna: faltam 10 000 bilhetes

Já só faltam 10 000 bilhetes para o concerto de Madonna no dia 14 de Setembro.
Segundo a informação avançada pela promotora Everything is New, foram vendidos cerca de 65 000 bilhetes em apenas quatro dias.

Madonna regressa ao nosso país com um concerto integrado na digressão "Sticky & Sweet", que serve de promoção ao seu 11º disco de originais, "Hard Candy", que juntamente com o seu primeiro single, '4 Minutes', lidera os tops de vendas na Europa há três semanas consecutivas.

O espectáculo tem lugar no Parque da Bela Vista, em Lisboa. As entradas custam 60 euros e estão à venda nos locais habituais.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

David Fonseca editado em Itália, Espanha e Grécia

A internacionalização de David Fonseca era uma inevitabilidade, e agora aí está a confirmação. O terceiro disco do cantor português, Dreams In Colour, será editado em Itália no dia 20 de Junho pela Universal transalpina.

O lançamento será acompanhado por diversas acções de promoção de onde se destacam várias entrevistas aos principais órgãos de comunicação italianos e dois concertos em Milão nos dias 12 e 13 de Junho.

O single de apresentação será Superstars II, à semelhança do que aconteceu em Portugal. A rota do mediterrâneo foi a escolhida por David Fonseca já que depois de Itália é a vez de Espanha e Grécia receberem Dreams In Colours.

Em Portugal o disco obteve enorme sucesso e Kiss Me, Oh Kiss Me, foi o single mais tocado nas rádios portuguesas.

Para além da Europa, o músico esteve presente nos Estados Unidos da América para actuar no South By Southwest, um festival texano com grande prestígio internacional.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Rock in Rio: duas gerações, duas grandes vozes

Entre Joss Stone, a menina bonita da música soul, e Rod Stewart, o eterno galã, existem 42 anos de diferença. Mas o profissionalismo e a dedicação não sofrem nem com a juventude de uma, nem com a idade de outro. Tanto a cantora inglesa, como o crooner escocês deixaram uma marca positiva neste terceiro dia de actuações.

Com o mais recente álbum de estúdio ainda bem fresco, Joss Stone aproveitou para apresentar vários dos novos temas que compõem «Introducing Joss Stone». «Headturner», «Tell Me What We're Gonna Do Now» ou «Put Your Hands on Me» animaram a plateia. A voz quente da cantora ajudou a combater o frio por entre o público, numa noite mais fria do que as anteriores.

Mas foi mesmo a própria Joss que se viria a queixar da baixa temperatura que se fez sentir. «Pensei que vinha apanhar um bronze», reclamou, entre gargalhadas. Envergando um curto vestido vermelho, que lhe assentava que nem uma luva, valeu-lhe a caneca de chá(?) quente da qual foi bebendo entre as canções.

E não foi só em palco que Joss Stone passeou o seu charme. Durante o encore, e já depois do muito aplaudido «Right To Be Wrong», veio cantar «No Woman No Cry», de Bob Marley, para junto do público. Caminhando de pés descalços sobre a terra batida e o tapete de relva artificial, a cantora distribui rosas pelos fãs e um beijinho especial para um dos seguranças, certamente apanhado desprevenido.

Clássicos do rock revisitados
Os 45 mil visitantes da Cidade do Rock tiveram depois a oportunidade de ver ao vivo uma das lendas vivas do mundo do espectáculo. O escocês Rod Stewart, adepto mais do que declarado do Celtic de Glasgow (o logotipo do clube de futebol estava estampado nas duas baterias), regressou aos palcos portugueses cerca de oito meses após o concerto de gala no Casino Estoril.

O cantor sexagenário voltou a provar estar em forma, mostrando agora que ainda consegue brilhar nos grandes palcos de festivais. Rod Stewart trouxe na bagagem um bom punhado de clássicos da música rock, interpretados na sua inconfundível voz rouca, imagem de marca que atravessa gerações.

Desde versões como «Downtown Train» (Tom Waits) ou «Have You Ever Seen The Rain» (Creedence Clearwater Revival), até a originais como «Maggie May» ou «Hot Legs», muitos foram os momentos de festa.

«Da Ya Think I'm Sexy» proporcionou o último pé de dança para os mais resistentes, antes da despedida com «Sailing», entoado em uníssono por milhares de vozes.

Banda alemã estreou-se em Portugal; Xutos & Pontapés recordaram alguns sucessos

Era uma das bandas mais esperadas do Rock in Rio e não deixaram os seus créditos em mãos alheias. Em pleno Dia da Criança, os Tokio Hotel fizeram as delícias dos milhares de adolescentes que se deslocaram à cidade do rock, sobretudo para os ver actuar.

Sem dúvida um concerto emotivo para a legião de fãs, na sua maioria do sexo feminino, que a banda alemã possui em Portugal. A subida ao palco de Bill Kaulitz, Tom Kaulitz, Georg Listing e Gustav Schäfer levou às lágrimas as fãs incondicionais do grupo, que desde cedo foram reservando os lugares mais próximos do palco Mundo.

Depois de terem cancelado à última hora o concerto no Pavilhão Atlântico, no passado mês de Março, a actuação no Rock in Rio marcou a estreia dos Tokio Hotel em Portugal. A banda abriu a actuação com «Break Away», um dos temas do álbum «Scream», que catapultou os Tokio Hotel para o sucesso em vários países, entre os quais Portugal.

A figura incontornável e excêntrica do vocalista Bill Kaulitz centrou as atenções e o olhar das fãs, que se emocionavam em cada vez que o cantor alemão se dirigia ao público português. Foi certamente uma das actuações que mais trabalho proporcionou ao staff de segurança e à equipa médica do recinto, que por diversas vezes foi chamada a assistir adolescentes que desmaiaram ou tiveram quebras de tensão.

«Monsoon» foi o ponto alto da actuação da banda alemã. A canção mais célebre da banda foi cantada em coro, não só pelos filhos, mas também pelos pais que se fizeram deslocar ao recinto da Bela Vista.

A actuação do grupo foi uma visita guiada a «Scream», o álbum de estreia dos Tokio Hotel em inglês. «Final Day», «Ready, Set, Go!», «Dont Jump» e «Raise your Hands» foram os temas «oferecidos» pelos Tokio Hotel ao público português através da voz de Bill Kaulitz.

Uma hora após o início da actuação da banda alemã, as lágrimas voltaram a correr no rosto das fãs portuguesas. A banda despediu-se de Portugal com um «até já» e vai voltar no dia 29 de Junho para um concerto no Pavilhão Atlântico.

O tempo passa, os Xutos & Pontapés ficam
Não envelhecem e a sua música percorre gerações, dos mais pequenos aos mais velhos. Enquanto os Tokio Hotel fizeram as delícias dos mais novos, os Xutos & Pontapés proporcionaram uma viagem no tempo aos mais velhos, através de autênticos hinos musicais que parecem eternos.

De regresso ao Rock in Rio, um palco que lhes assenta que nem uma luva, fizeram-se acompanhar da orquestra Rock N'Roll Big Band. Com um «relações públicas» muito competente, a interacção com o público é sempre uma das mais valias da banda portuguesa. Tim faz-se valer da sua enorme experiência e consegue manter o público na sua «mão».

Depois, basta «soltar» temas como «Não sou o Único», «Homem do Leme», «Circo de Feras», «Maria» e «À Minha Maneira» e o sucesso está garantido. Cantadas por milhares de vozes, transportaram uma onda de nostalgia e felicidade a cada pessoa que se deslocou ao recinto da Bela Vista.

Mas o momento da tarde foi sem dúvida a subida ao palco dos atletas portugueses que vão representar o país nos Jogos Olímpicos de Pequim. Os convidados especiais dos foram os back vocals de Tim naquela que é uma das canções imortais da banda, a incomparável «Casinha». O público agradeceu o presente e desejou as maiores felicidades aos atletas olímpicos.

domingo, 1 de junho de 2008

Rock in Rio foi palco perfeito para os Bon Jovi

O Parque da Bela Vista foi mais uma vez o palco de uma viagem no tempo, desta até 1986, ano em que cinco rapazes de New Jersey lançaram o multiplatinado «Slippery When Wet».

Vinte e dois anos volvidos e depois de vários milhões de discos vendidos em todo o mundo, os Bon Jovi mostraram que apesar da idade (o baterista Tico Torres já tem 54 anos) e de alguns retoques estéticos (botox?), a essência de palco, a energia e a paixão, ainda continuam intactas no seio de uma das mais conhecidas bandas de rock das últimas décadas.

Jon Bon Jovi comandou as suas tropas numa verdadeira lição de como fazer um concerto ao vivo para 75 mil pessoas. Frontman nato, Jon teve o público do Rock in Rio sempre na ponta dos dedos e a música dos Bon Jovi, entre guitarradas, baladas e pop-rock country (este último, o mais recente caminho tomado pela banda).

Naquele que foi o melhor concerto do festival, até ao momento, os Bon Jovi brindaram os seus fãs com duas horas de espectáculo, passando em revista os principais êxitos de 25 anos de carreira.

«Lost Highway» serviu para justificar o facto do concerto se inserir na digressão de promoção do mais recente disco de estúdio da banda norte-americana, mas o primeiro trunfo saiu da manga do casaco de cabedal branco (por cima de uma camisa preta bem desabotoada para delírio do público feminino) de Jon Bon Jovi logo de seguida. Ao terceiro tema, «You Give Love A Bad Name» foi entoado num gigantesco coro, e o ponto alto da primeira incursão pela discografia dos anos 1980 dos Bon Jovi. O público, claramente adepto dos temas mais antigos, voltou a empolgar-se com «Runaway», um original de 1983.

O renascimento da banda em 1992 também não ficou esquecido no alinhamento, com «Keep The Faith» e «I'll Sleep When I'm Dead», este último com direito a duas curtas covers pelo meio: «Mercy» de Duffy, e «Start Me Up» dos Rolling Stones.

Os casais de namorados trocaram certamente um ou dois beijos extra com a balada «Always», bem antes de «We Got It Goin' On», tema durante o qual Jon Bon Jovi aproveitou para conhecer melhor alguns fãs, circulando pelo largo corredor que liga o palco à régie e cumprimentando aqueles por quem passava. Junte-se o facto de levar um cachecol da selecção portuguesa ao pescoço e é fácil de adivinhar o sucesso que este pequeno «truque» de palco colheu junto do público.

O cowboy Richie Sambora também brilhou para além dos riffs e solos de guitarra. Em «I'll Be There For You» foi ele mesmo que assumiu a função de vocalista, embalando de novo o mar de gente que assistia atentamente ao concerto. Seguiu-se-lhe outro cowboy, mas este sem chapéu. Jon Bon Jovi, na guitarra acústica, interpretou o seu «Blaze Of Glory», tema título do primeiro álbum a solo do cantor.

«Bad Medicine» e «Livin' On A Prayer» (com fogo de artifício) resultaram de forma perfeita, como seria de esperar, para a habitual troca de coros entre o palco e a plateia. Uma recta final em altas rotações antes da primeira saída de palco.

Depois, os Bon Jovi regressaram para mais duas. O «cowboy do cavalo de aço» de «Wanted Dead Or Alive» foi celebrado nas gargantas dos milhares de fãs presentes na Cidade do Rock, no final de uma noite em que Alanis Morissette e Alejandro Sanz não comprometeram.

Skank para começar. Alanis Morissette e Alejandro Sanz não decepcionaram

A Cidade do Rock reabriu as suas portas para o segundo dia de festividades. As núvens continuam a ameaçar com chuva, mas hoje foi o dia da estreia oficial do slide no Rock in Rio Lisboa 2008.

Num dia em que os bilhetes poderão esgotar-se à medida que o sol desaparece no horizonte, NBC e Verónica Larrenne abriram as hostes no palco Sunset pelas 17h00. Seguiram-se-lhes João Gil, Tito Paris e Marisa Pinto, às 18h15.

Pontualíssimos estiveram também os brasileiros Skank, que às 19h00 em ponto subiram ao Palco Mundo. O vocalista Samuel Rosa quis explorar todos os cantos do gigantesco palco e desceu a plataforma que dá acesso ao corredor dos fotógrafos, passeando-se no pequeno mar de objectivas apontadas para si. Mais tarde chegaria bem perto dos fãs, distribuindo cumprimentos pelas filas da frente.

O rock com ritmos quentes dos Skank animou milhares de pessoas prontas para a festa. Uma fã mais entusiasmada conseguiu mesmo saltar a barreira que separa o público do palco, mas a tentativa de ter um encontro mais próximo com a banda brasileira saiu frustrada pela pronta actuação de dois seguranças.

«É Uma Partida de Futebol» e «Garota Nacional» foram alguns dos hits com que os Skank animaram a Cidade do Rock.

Pôr-do-sol com Rui Veloso e Alanis Morissette
Poucos minutos passavam das 20h30 quando o Palco Sunset recebeu uma visita «surpresa». Depois de Sara Tavares espalhar o «Bom Feeling» por uma plateia bem composta, Roberta Medina, uma das principais figuras da organização do festival, chamou ao palco Rui Veloso.

Aplaudido como a estrela que é, o músico portuense recebeu de presente uma guitarra Fender Stratocaster branca, um modelo que Roberta Medina anunciou ser raro: «Só existem duas na Europa e conseguimos esta para você».

O resto era com Rui Veloso, que depois de uns acordes para afinar o instrumento, arrancou para uma jam session de blues. «Vai sair como Deus quiser», lançou. Numa das extremidades da Cidade do Rock,o sol punha-se ao som de blues e dos gritos bem audíveis das adolescentes que experimentaram as emoções da Roda Voadora.

Do outro lado do recinto, era Alanis Morissette que partia para uma das actuações mais esperadas da noite. A cantora canadiana confessou o prazer por estar de volta a Portugal, num concerto inserido na digressão de promoção do novo álbum «Flavors of Entanglement».