domingo, 11 de novembro de 2007

Da Weasel fizeram história no Pavilhão Atlântico

Único, irrepetível, estrondoso, fantástico, ímpar e incomparável. Os Da Weasel estrearam-se em nome próprio no Pavilhão Atlântico e o sonho da banda foi concretizado, oferecendo um concerto memorável aos milhares de fãs que se deslocaram ao recinto.

Um palco que só está ao alcance dos grandes nomes da música e a banda de Almada provou ser digna de o pisar. Esta foi pois a noite em que a «Doninha» abriu o livro da sua vida. Para isso vasculharam no baú velhos temas, misturados com as novas «malhas», resultando num alinhamento especial de 32 canções que «absorveu» os fãs, que se deslocaram de vários pontos do país, por mais de duas horas.

O início do concerto foi precedido por um «prefácio» original escolhido de propósito para a ocasião. Nos dois ecrãs paralelos ao palco surgiram muitas da notícias sobre a «Doninha» que ocuparam os espaços informativos das várias televisões ao longo dos anos, ganhando relevo com a expansão do grupo.

1º Acto
Depois caiu o pano literalmente e "Adivinha quem voltou", do álbum «Dou-lhe com Alma», foi o tema que abriu o concerto, para gáudio do público, já «nervoso» pela demora da banda para entrar em palco.

A interação entre as bancadas e a plateia com a banda assumiu desde o início uma proximidade intíma e uma cumplicidade notória.

O 1º Acto teve um cariz melancólico. A banda puxou do currículo e recordou temas como "A Essência", "Pedaço de Arte", "Paixão", "Jay", "Selectah", "Real" e fechou com "Dúia". Temas que estiveram presentes no início dos Da Weasel e que contribuiram para a ascensão meteórica do grupo de Almada, eleita por duas vezes, nos prémios MTV, a melhor banda portuguesa .

A parte frontal do palco em W, um dos ex-librís da produção, teve um efeito tremendo, permitindo a Pacman, Virgul e seus pares uma maior proximidade da plateia. Ao ponto de até terem distribuído preservativos, numa vertente mais educativa do concerto. Detaque ainda para a excelência da produção nas luzes e cenários.

"Casa" trouxe o primeiro convidado ao palco. Manuel Cruz veio do Porto de propósito para participar no espectáculo e fez valer cada quilómetro que percorreu, pela reacção fantástica do público.

Quem também não faltou ao espectáculo foi Atiba, que «veio para confirmar a beleza das mulheres portuguesas». O cantor deixou a sua marca no tema "Internacional Luv", no qual colabora para o álbum «Amor, Escárnio e Maldizer».

2º Acto
A segunda parte do espectáculo começou com uma desobediência de Pacman. O cantor revelou que a mãe lhe tinha pedido para não dizer palavrões, mas não havia como escapar e "Bora lá fazer a p*** da revolução" era um tema obrigatório.

Seguiu-se um ligeira homenagem a José Luis Peixoto, autor do poema "Negócios Estrangeiros", brilhantemente adaptado pelos Da Weasel para a música.

Já com o maestro Rui Massena e a orquestra no palco, a banda interpretou quatro temas: "O Verbo", "A Adição", "A Palavra" e "Mundos Mudos". O pianista Bernardo Sassetti foi outro dos convidados e trouxe consigo belos momentos e uma musicalidade totalmente diferente do tipo de música produzida pelos Da Weasel, mas que em conjunto resultou na perfeição.

3º Acto
O último acto começou com um Jam do Dj Glue. Esta parte do espectáculo integrou alguns do temas mais populares da «Doninha». "Força", "Carrossel e "Niggaz", abrilhantado por um sketch dos Gato Fedorento, fizeram as delícias do público.

Para o final ficaram guardados três dos singles mais famosos da banda. "Re-Tratamento", "Dialectos de Ternura" e "Tás na Boa" foram cantados em coro por um Pavilhão Atlântico em êxtase.

A história dos Da Weasel ficou mais rica a partir de hoje, numa noite de consagração para a banda e para a música portuguesa. A mega-produção certamente não irá ser esquecida por nenhum dos presentes e estará disponível para quem não pode estar presente, porque irá ser editado em DVD.

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