sexta-feira, 9 de novembro de 2007

«Estamos desejosos que o Atlântico se concretize»

A banda portuguesa Da Weasel vive a sua prova de fogo este sábado,quando se presentar no Pavilhão Atlântico, em Lisboa. João Nobre (ou Jay Jay) falou do concerto, do mercado da música e do que mudou na vida e carreira do grupo com o passar dos anos.

Nervosos com o dia 10?
QB. Estamos mais ansiosos do quenervosos.Desejosos que o dia se concretize.

Como vão os preparativos?
Vão bem, já estamos a trabalhar nisto há meses e está a correr tudo bem. Confirmaram-
se todos os convidados,conseguimos tudo o que almejávamos,o que é óptimo.

Como surgiu este mega-concerto?
Isto é um namoro antigo. Há muito que tínhamos a ideia,mas sempre soubemos que haveria uma altura certa, dizíamos que íamos deixar o Atlântico para mais tarde e
pareceu-nos certo agora.

Era o passo óbvio nesta fase,depois dos anos de digressões?
Porque vocês desta vez não apostaram numa digressão tão extensa pois não? Foi uma escolha consciente?

Sim,ainda andámos na estrada, chegou foi uma altura em que não aceitámos marcações.

Falem-nos da produção, dos convidados,o palco,a luz.
Os convidados são óptimos: o Manel Cruz, Bernardo Sasseti, Gato Fedorento,Rui Massena.
Em termos de produção, é a maior de sempre dos Da Weasel, a todos os níveis.


Em termos de músicas, como se escolhe o alinhamento para um evento destes?
Pois,não se consegue bem escolher (risos).E por isso pedimos a ajudados fãs, que votaram
no nosso site os temas que queriam ouvir.


O 6.º álbum dos Da Weasel, editado em Abril, está a atingir dupla platina. Está a ter a receptividade que esperavam?
Nós nunca nos propusemos a esse tipo de objectivos. O que queríamos era fazer um bom disco, de que ficássemos satisfeitos e orgulhosos. A partir daí, ser platina é bom, se for dupla platina é melhor…


As vossas letras mostram-vos mais calmos,mais ‘atinados’, como muitas das pessoas que vos acompanham desde o início.
Será esse o maior sucesso da banda, conseguirem acompanhar uma geração?

Acho que há dois factores-chave. Por um lado, conseguirmos fidelizar esse público, e por outro conseguirmos rejuvenescer e termiúdos de 12 anosquenos conhecem, de 17, o que é fantástico.

O que muda em ser músico aos 30 anos, em termos de espírito critico, de gosto pela estrada? Desde os 18, no início?
Não sei, estamos mais velhos, é natural. Como disseste, isso nota-se até no disco. Mas temos
as mesmas birras e amuosde sempre (risos).


O que pensam do actual panorama do hip hop? Na altura, eram pioneiros, agora é dos estilos com mais saída no País...
Sim, carregamos a «cruz» de sermos dos primeiros registos hip hop,mas não é totalmente
verdadeiro, até éramos mais rock.
Mas sim, gostamos de pensar que abrimos portas a este género, e sim, na altura nem se falava do mercado do hip hop, éramos uma ‘banda estranha’ e agora é quase ‘popular’. Os Radiohead relançaram o debate sobre as músicas online, o não passar pelas editoras...


O que pensam disto?
Isso dava uma conversa interminável. Podemos resumir dizendo que alguma coisa é preciso mudar no mercado. Agora se é por aí não sei…


Voltam a ser candidatos para os EMA Best Portuguese Act [que entretanto ganharam]. Até que ponto é importante?
É óptimo estar nomeado, é o 3º ano, só aí já ganhamos. É uma vitória sermos sempre uma opção.

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